Torta de Algodão

torta de algodão

A Torta de Algodão

A Torta de Algodão em tabletes ou triturada(farelo), obtida após a extração do óleo, pode ser usada como fertilizante na indústria de corantes, na alimentação animal e na elaboração de rações animais, devido ao seu alto valor protéico.

Tradicionalmente, na alimentação animal são utilizados os subprodutos, como o caroço, o farelo e as cascas da semente do algodão, fornecendo proteína e energia aos ruminantes, por meio da ração. São usados principalmente na alimentação de poligástricos, pois o gossipol é tóxico aos monogástricos; é inofensivo aos ruminantes se fornecido em quantidades controladas.

A torta de algodão é amplamente usada nos confinamentos de bovinos, com excelentes resultados.

Para Gado de leite e gado de Corte ao pasto em semi-confinamento, a torta de algodão ajuda o produtor rural a obter altos ganhos de produtividade, produzindo mais Carne, mais Leite !!!

O algodoeiro não é somente uma planta fibrosa e oleaginosa, mas também, produtora de proteína de qualidade, podendo funcionar como suplemento protéico na alimentação animal e humana.

Logo após a separação da fibra, seu principal produto, é em escala de importância o óleo comestível. No processamento de extração do óleo, obtêm-se subprodutos primários, que são: o línter, a casca e a amêndoa; os secundários, farinha integral, óleo bruto, torta e farelo; os terciários, óleo refinado, borra, farinha desengordurada.

O uso da Torta/Farelo de Algodão na alimentação do gado leiteiro

Os subprodutos da agroindústria são fontes valiosas de proteína, energia e fibra para indústria de produção animal e, tradicionalmente, estes subprodutos têm sido utilizados para substituir concentrados energéticos ou protéicos.

Alguns subprodutos, devido à organização da cadeia agroindustrial a que pertencem, ultrapassaram as fronteiras nacionais e tornaram-se "produto" de exportação; a exemplo do farelo de soja, que atualmente tem uma grande fatia de sua produção absorvida pelo mercado externo. Nesse ínterim, o preço desse suplemento protéico tornou-se menos competitivo para o mercado interno.

Diversas alternativas alimentares vêm recebendo atenção com vistas à elevação do conhecimento científico e da tecnologia de utilização na alimentação de ruminantes. No entanto, nenhuma tem se mostrado tão promissora como os subprodutos da cultura do algodão.

Segundo o NRC (2001), o farelo de soja pode ser substituído pelo farelo/torta de algodão nas rações de ruminantes sem grandes prejuízos zootécnicos, desde que as exigências nutricionais sejam mantidas.

O farelo/torta de algodão pode conter até 44,3% de PB; 5% de EE; 6,6% de cinzas; 12,8% de FB; 28% de FDN; 20% de FDA e 78% de NDT em sua matéria seca (NRC, 2001).

O farelo/torta de algodão tem sido utilizado com o objetivo de reduzir o uso do farelo de soja, visando a obtenção de condições econômicas mais vantajosas, e muito embora apresente menores teores de energia e proteína, é caracterizado por apresentar maior teor de proteína não degradável no rúmen. Quanto a esta degradabilidade, para o farelo/torta de algodão temos valores de 49%, enquanto que para o farelo de soja esse percentual pode chegar a 80% da proteína consumida.

A proteína não degradável no rúmen é muito importante para animais de elevada produção, por proporcionar digestão intestinal da proteína alimentar, favorecendo o aproveitamento de um melhor perfil de aminoácidos e evitando perdas de nitrogênio na forma de amônia.

Na inclusão do farelo/torta de algodão na alimentação de bovinos leiteiros há de se considerar que, por ser um alimento rico em lipídeos, possui alta densidade energética, o que favorece o aporte de energia por unidade de matéria seca ingerida, característica nutricional importante para animais de elevada exigência, como vacas em pico de lactação.

Embora seja reconhecida a qualidade dos subprodutos do algodão na alimentação de ruminantes, permanecem os problemas resultantes da presença do gossipol nestes derivados. O gossipol é um fator antiqualitativo que interfere no desempenho reprodutivo dos animais. Reações fisiológicas diversas podem ocorrer, dependendo do estágio produtivo e nutricional do animal.

Até recentemente considerava-se que os ruminantes poderiam inativar mais gossipol do que seriam capazes de consumir. No entanto, métodos modernos de extração do óleo têm aumentado a concentração deste composto fenólico nos subprodutos, ao mesmo tempo em que as vacas de alta produção tendem a aumentar a ingestão de alimentos e, consequentemente, a de gossipol.
Assim, com avanço tecnológico os processos de extração de óleo tornaram-se mais eficientes, traduzindo-se em subproduto de menor valor nutritivo – menor teor de óleo residual e maiores teores de gossipol. Tratamentos físicos ou químicos constituem-se em alternativas viáveis no processamento de rações, com o objetivo de incrementar a eficiência de sua utilização.
A extrusão é um método de processamento de rações que utiliza elevada temperatura e pressão, proporcionando maior gelatinização do amido e menor digestibilidade da proteína no rúmen, através da desnaturação da mesma. Além de inativar os fatores antiqualitativos presentes nos alimentos submetidos ao processo, já que altas temperaturas aumentam a formação de ligações do gossipol com outras moléculas, o que o torna fisiologicamente inativo.

Com base na tecnologia disponível as indústrias esmagadoras vem desenvolvendo o farelo/torta de algodão com alta energia; este alimento é obtido a partir dos caroços (cariopses) que primeiramente passam por extrusão e posteriormente são prensados para extração do óleo. Tal processo de extração do caroço de algodão semideslintado confere ao alimento as seguintes especificações: Proteína Bruta, 28%; Fibra em detergente neutro, 50%; Extrato etéreo, 8% – dados expressos na matéria natural, tornando-o um produto bastante equilibrado para os ruminantes. Além de serem minimizados os fatores antinutricionais, por exemplo, o gossipol livre com um teor < 5 mg/kg de produto.

Avaliando o consumo e a digestibilidade aparente de nutrientes em ovinos alimentados com dietas contendo diferentes níveis (0%, 20%, 30% e 40%) de inclusão do farelo/torta de algodão de alta energia em uma ração completa a base de milho e soja. Não houve influência da adição do farelo/torta de algodão nos consumos de matéria seca (MS) (g/dia); extrato etéreo (EE) (g/dia); energia bruta (EB) (kcal/kg/dia); carboidratos totais (CHOT) (g/dia). No entanto, os consumos de proteína bruta (PB) (g/dia); matéria orgânica (MO) (g/dia); e matéria seca (% PV), diminuíram com o nível de 40% de inclusão. Para os coeficientes de digestibilidade não houve resposta para PB (%) e EE (%). No entanto, a digestibilidade da MS (%); MO (%); EB (%); e CHOT (%), diminuiu com a inclusão de 40% de farelo de algodão de alta energia. O farelo/torta de algodão extrusado pode ser incluído em níveis de até 30% em rações completas para ruminantes sem alterar significativamente o valor nutritivo da ração total.

Trabalhando com níveis crescentes de inclusão de farelo/torta de algodão de alta energia (zero, 8,7; 17,4; 26,1; e 34,8% na matéria seca) em substituição ao farelo de soja no concentrado para vacas no terço final de lactação, avaliou o efeito sobre o consumo, digestibilidade, produção e composição de leite e viabilidade econômica da ração. Os aumentos dos níveis de farelo/torta de algodão de alta energia não afetaram o consumo de matéria seca, matéria orgânica, proteína bruta, fibra em detergente neutro. Observou-se efeito sobre o coeficiente de digestibilidade apenas sobre o extrato etéreo, que fica maior para os níveis de inclusão de 8,7; 26,1; e 34,8%. A eficiência de utilização de nitrogênio e os teores de nitrogênio uréico no sangue e no leite não foram afetados por nenhum dos níveis de inclusão, bem como a eficiência alimentar, a produção de leite e o teor de gordura no leite.

Portanto, a utilização do farelo/torta de algodão de alta energia surge como uma alternativa promissora na alimentação de bovinos leiteiros, por apresentar equilíbrio entre teor energético e protéico, por possuir proteína de baixa degradabilidade ruminal que contribui para a melhoria do perfil aminoacídico absorvido no intestino e por conter níveis seguros de gossipol que permitem desempenho zootécnico satisfatório.

Fonte: Bunge

torta de algodão

Especificação da Torta de Algodão

ItemValor
Proteína bruta28,00% mínimo
Extrato etéreo06,00% mínimo
Matéria fibrosa26,00% máximo
Matéria mineral06,00% máximo
Aflatoxina50 PPB máximo
Teor de gossipol12,00% máximo
Umidade10,00% máximo


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