O farelo de girassol é uma matéria-prima ainda pouco utilizada no Brasil, embora seja uma boa alternativa como fonte de proteínas nas rações animais, podendo ser utilizada na alimentação de todas as espécies, inclusive aves e suínos.

Com o incentivo ao plantio do girassol e aumento de consumo desse óleo no Brasil, existe a tendência de aumento na oferta de farelo de girassol no mercado.

O farelo de girassol é o subproduto resultante da extração do óleo da semente de girassol. Apresenta boa palatabilidade para bovinos e seu uso em rações para aves e suínos não apresenta limitantes tóxicos, tendo como único limitante o teor de fibra.

O farelo de girassol apresenta teor de lisina inferior ao apresentado pelo farelo de soja, no entanto, apresenta teores de Cálcio, Fósforo e Metionina superiores. O valor biológico da proteína do farelo de girassol e do farelo de soja são bastante semelhantes, o mesmo ocorre com a utilização da proteína verdadeira desses ingredientes (Andrighetto, 1981).

O teor de extrato etéreo é variável e importante para a definição da sua aplicação, sendo obtidos valores de 1,5 até 5%, o que afeta diretamente os níveis de energia desse ingrediente.

Diversos experimentos como o de Valdive (1982), mostram ser viável a inclusão de farelo de girassol em até 20% nas rações de frangos de corte, sem a necessidade da inclusão de lisina sintética. Outros autores mostraram ser possível substituir até 50% da proteína proveniente do farelo de soja sem prejuízos ao ganho de peso. Farelos de girassol de alta fibra podem ser utilizados em até 25% da fórmula em rações de frangos de corte.

Pinheiro et al (ano) testaram o uso de farelo de girassol na ração de frangas de postura "Leghorn" em crescimento e verificaram que não houve prejuízo no ganho de peso e conversão alimentar com níveis de 0 até 21% de farelo de girassol na ração sem a adição de lisina sintética, sendo a conversão com 21% de farelo de girassol ainda melhor do que as conseguidas com as inclusões de 0, 7 e 14% de farelo de girassol na formulação.

Furlan et al (2001) mostraram ser possível substituir 30% do farelo de soja por farelo de girassol, chegando a uma inclusão de 15% de farelo de girassol na ração. Os resultados obtidos mostraram que a viabilidade econômica da aplicação desse produto depende dos preços obtidos nas matérias primas.